Pr Felipe Canosa

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O Humanamente inexplicável paradoxo do perdão

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Queridos irmãos, voltar a falar de perdão, não é repetir uma matéria, não é uma questão de bater na mesma tecla, mas uma necessidade crescente, pois a Bíblia, Palavra de Deus, nos ensina como fazê-lo, nos adverte do perigo de não perdoarmos, e nos ordena a cumpri-lo. Portanto, o perdão é matéria Bíblica, de suma importância, vital para nossa vida.
Ao analisarmos a Palavra de Deus, constatamos que Deus é amor e que também Deus é perdão, ou seja, Deus não gera em si mesmo o amor e o perdão, pois se assim o fosse, Ele estaria criando algo dentro de si mesmo e em Deus tudo sempre foi incriado, sempre existiu, nada em Deus é relativo, tudo em Deus é absoluto. Portanto, se somos Dele e se vivemos para Ele, perdoar será sempre uma necessidade, uma obrigação e nunca uma opção. 
Vejamos algumas coisas que envolvem o perdão, e lembre-se de que não podemos dizer que para Deus tudo é fácil, mas para nós não, pois o apóstolo Paulo nos ensina que devemos imitar a Cristo, como ele O imitava, portanto, podemos imitando ao nosso Deus, perdoar a tudo e a todos, e exatamente aí é que está a dificuldade, pois perdoar é esquecer a dívida, não lançar em rosto, voltar a ser e a tratar a pessoa que errou conosco como antes, a situação terá que voltar a ser o que era, e nós, seres humanos nos recusamos a fazer e a viver desta forma. Por causa do pecado que habita em nós, e da inclinação para o que é errado, fazemos exatamente o contrário. Pois bem, certa feita eu estava ministrando uma palestra em uma determinada igreja e em dado momento entre alguns exemplos, eu falei de uma suposta traição entre um casal qualquer, eu disse que se houvesse arrependimento e confissão a saída seria só uma, perdoar a parte que traiu. Imediatamente uma irmã pediu licença e me questionou, discordando e dizendo que não dava para  perdoar, eu  então lhe  citei o texto  de Mateus 18: 21 e 22 onde o próprio Jesus responde ao apóstolo Pedro quantas vezes devemos perdoar, 490 vezes, e que isso não significava somente 490 mas infinitamente, ou seja sempre, nessa hora a irmã se levantou e me perguntou com muita raiva: pastor, você está dizendo que se meu marido me trair, se arrepender e me trair novamente e se arrepender outra vez, eu devo perdoá-lo? Várias vezes? Eu respondi que sim, o perdão é contínuo, e se ele a abandonar para continuar traindo, ainda assim a senhora deverá perdoar, nessa hora ela deu um soco na mesa e olhando para mim disse: se isso acontecer exatamente assim eu não perdoo. Esse é o problema da igreja do Senhor Jesus hoje, em todo o mundo. Limitamos o número de vezes para perdoar e dependendo de quem ou do que foi feito, não perdoamos nem uma só vez. Quantos de nós não perdoamos uns aos outros??? Para os que dizem: eu já perdoei, mas não vi mudanças, a resposta é a seguinte: de fato tem que haver mudanças, mas elas podem variar de pessoa para pessoa, uns mudam mais rápido outros levam mais tempo. Pense em quantas vezes você pede perdão a Deus e depois repete exatamente o mesmo erro, você torna a pedir perdão e amorosamente Deus o Pai perdoa novamente, até porque o perdão já foi dado antes da fundação do mundo. Então como você suplica toda hora o perdão do Pai e exige que o seu irmão não repita o erro com você??? Outro paradoxo do perdão, ou seja, o perdão falso leva muitos irmãos a mudarem e há não serem mais o que eram só porque o irmão errou. O verdadeiro perdão leva-nos a viver com quem nos ofendeu, de um modo como se não houvesse tido erro algum. Mas há algo pior, é quando colocamos um número x de erros possíveis e se qualquer pessoa que erre contra nós passar desse número, simplesmente não mais aceitamos, condenamos e punimos. Conheço um casal que viveu o fim do casamento, ela disse para mim: pastor, eu dei todas as chances possíveis e ele continuou a errar, por isso eu quero o divórcio. Ela orou por alguns anos, mas a mudança só veio depois, e ela não quis mais esperar. O que estamos fazendo com as passagens como por exemplo: perdoa as nossas dívidas ASSIM como nós perdoamos a quem nos deve??? E o sempre perdoar de Jesus, que queremos do Pai, mas nos recusamos a fazer com nosso irmão??? Quanto tempo mais vamos não entender que perdoar, não é uma questão de ser fácil ou difícil. Perdoar não é uma questão de ser mais duro para nós e mais fácil para os outros. Perdoar não é uma questão de se aceitar e sim de obedecer. Por fim, perdoar não é uma solicitação do Pai, mas sim uma ordem inegociável. Se não conseguirmos perdoar, mas continuarmos na dureza do coração, é sinal claro de que não somos filhos de Deus, mas sim filhos da ira, do rancor, da amargura, da desobediência, filhos do diabo.   SOLI DEO GLORIA!

Pr. Felipe Canosa.

Um comentário:

  1. Nos dias de hj é dificil encontrar pessoas que liberem o perdão.
    Mais como esta no post quem não libera o perdão não tem parte com Cristo.

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