Pr Felipe Canosa

Mensagem Pastoral | Reflexões | Apologética | Etc.

Verdades que você com certeza não sabia, mas precisa saber.

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Você sabe o que exatamente aconteceu para que a Bíblia chegasse até os dias de hoje, em suas mãos? Só o poder de Deus justifica e explica o que você está preste a ler e conhecer.
Nenhuma outra obra conseguiu ser traduzida para tantas línguas e chegar a tantos povos como a Palavra de Deus. É lamentável saber que a maioria esmagadora de protestantes no Brasil, sequer conhece o que você está prestes a tomar conhecimento. A lista com os livros mais vendidos da história coloca a BÍBLIA no primeiro lugar em vendas e divulgação no planeta com quase 6.250.000.000 de cópias vendidas. Sendo também o livro que mais foi traduzido no mundo, tendo versões para diversos idiomas e dialetos, ultrapassando a marca de 2.000 línguas diferentes. Mas o leitor brasileiro, mesmo o protestante, desconhece a história da Bíblia em Português. Me permita, portanto, contá-la.  A Bíblia em português é cheia de episódios dramáticos e tão antiga quanto a da Bíblia inglesa, pois os primeiros ensaios de tradução datam dos tempos do rei Português D. Diniz (1279-1325), antes mesmo do inglês Wycliff. A primeira porção traduzida, foram os vinte primeiros capítulos do Gênesis, da Vulgata Latina, pelo próprio rei D. Diniz. Mas o Novo Testamento só mais tarde foi traduzido para o português, cerca de cinquenta anos depois de Wycliff, quando o rei Português D. João (1385-1433), ORDENOU a tradução dos Evangelhos, dos Atos e das Cartas do Apóstolo Paulo, trabalho que foi executado provavelmente por padres católicos e certamente da Vulgata. À publicação das porções acima do Novo Testamento se adicionou o livro de Salmos, traduzido pelo PRÓPRIO rei. Foi neste mesmo reinado que Portugal deu nome ao Brasil (terra Brasilie), cerca de 122 anos antes de descobri-lo, fato comprovado, derrubando por completo a história do “pau brasil”, documento comprobatório contido na torre do tombo. Tivemos ainda algumas outras traduções da Bíblia para o idioma português. Dado histórico, de acordo com registros apurados, a portuguesa D. Filipa, Infanta, filha do senhor Infante D. Pedro e também neta do rei D. João, traduziu os Evangelhos do francês para o idioma lusitano (português). Sabe-se que de fato o frei cisterciense (ordem religiosa) chamado Bernardo de Alcobaça traduziu o Evangelho de Mateus e parte dos outros, publicando seu trabalho em Lisboa no século XV, um século antes da reforma protestante. A cidade de Alcobaça já existia desde o tempo dos romanos.  A história nos informa que o rei Afonso Henriques prometeu que, se conseguisse expulsar os árabes de Santarém, construiria uma igreja para os monges cristinenses em Alcobaça. Vitorioso, o rei cumpriu sua promessa.
Em 1505, a rainha portuguesa Leonora ORDENOU que o livro de Atos e as Epístolas Gerais fossem traduzida para o português, contudo a linguagem portuguesa destes primeiros escritos é extremamente arcaica. Algumas destas tentativas usaram um português tão arcaico como o inglês usado por Wycliff para tradução da Bíblia em inglês. Entretanto Deus havia separado João Ferreira de Almeida, para traduzir a Bíblia para o português, nascido em Torres de Tavares, próximo de Mangualde, Portugal, em 1628. Seus pais eram católicos, mas ele é convertido a fé Reformada em 1642, pela enorme impressão que causou em seu espírito a leitura de um folheto em espanhol. Portanto, desde o início de sua conversão, João Ferreira de Almeida mostrou a sua vasta, extraordinária e enorme aptidão para os estudos em teologia, leitura e a participação na liderança eclesiástica.

São desconhecidas as circunstâncias que o fizeram transportar-se à Batávia, (provavelmente perseguição religiosa) onde se tornou extremamente ativo e zeloso no trabalho de evangelização, ainda ia fazer 16 anos, quando começou a pregar nas línguas portuguesa, espanhola, francesa e holandesa. Seu primeiro trabalho foi a tradução do espanhol de um resumo dos Evangelhos e Epístolas. Infelizmente este não foi publicado. Almeida conta-nos que, enquanto se demorava em Málaca, principiou a tradução de algumas partes do Novo Testamento do espanhol para o português diz ele: “no segundo ano após minha conversão (do catolicismo romano para o protestantismo) e meu décimo sexto ano de idade”. Ele acrescenta que terminou esta tarefa de iniciativa própria em 1645. Mais tarde, com 17 anos de idade somente, ele traduziu o Novo Testamento da versão latina de Theodoro Beza. Ele também traduziu o Catecismo de Heidelberg e a liturgia reformada para o português.  A Igreja Reformada ganhava um precioso expoente na realização dos serviços religiosos, Almeida era um homem jovem e talentoso, cuja língua materna era o português. A razão disto estava em que o português já era na época uma língua franca de muitas partes da Índia e sudoeste da Ásia. Por causa da expansão marítima comercial de Portugal.

O português era amplamente usado nas congregações Reformadas, por asiáticos e cristãos protestantes quando convertidos do catolicismo para a fé reformada. De igual modo que as estradas abertas na palestina e em todo o território Judeu pelos romanos em seu domínio, ajudou a pregação do evangelho, Deus atuou na expansão marítimo portuguesa, facilitando o uso do idioma já contendo a tradução da Bíblia, usada também por aqueles descobridores que ao imporem seu linguajar, facilitavam também a divulgação do evangelho de Cristo Jesus. João Ferreira de Almeida percebe a crescente necessidade de expor o evangelho ao povo de Portugal, seu país de origem em uma tradução mais profunda, como ele havia terminado seus estudos de Hebraico e de Grego, inicia a tradução do Novo Testamento para o português, usando como base o já conhecido "Textus Receptus", em sua publicação, editada no ano de 1633. Este trabalho ele o findou em 1670, mas a publicação só teve lugar em 1681, na Holanda, na cidade de Amsterdã, com o seguinte título: "O Novo Testamento Isto é: o Novo Concerto de Nosso Fiel Senhor e Redentor Iesu Christo traduzido na Língua Portuguesa pelo Pastor João Ferreira de Almeida, ministro, pregador do Santo Evangelho nesta cidade de Batávia, em Java Maior, ex colônia portuguesa. Nesta cidade (atual Jacarta), capital da antiga Holanda Oriental, o português foi à língua falada nos séculos XVII e XVIII. As missões religiosas contribuíram muito para esta grande expansão da língua portuguesa. Isto porque desde que as comunidades se convertiam ao catolicismo, elas adotavam o português como língua materna. Também as missões protestantes (holandesas, inglesas e também dinamarquesas) foram OBRIGADAS a usar o português como a língua de evangelização. Almeida continua seu novo trabalho de tradução mais apurado com os originais e com apenas 17 anos de idade, em 1683 Almeida informa ao Presbitério em Batávia, a notícia de que havia conseguido com a graça de Deus, completar o Pentateuco.  Entretanto, ele não pôde completar seu trabalho, O saltério de Almeida foi publicado no Livro de Oração Comum para o uso das congregações da Igreja Anglicana nas Índias Orientais, em 1695 onde o rei da Dinamarca, Frederico IV, interessou-se em desenvolver no Oriente o conhecimento das Escrituras Sagradas, e pelo seu patrocínio foi estabelecido o trabalho em Tranquebar.

 Para este trabalho foi publicada, em Amsterdã, a 3ª edição do Novo Testamento de Almeida em 1712. Somente no fim do século XVIII, e o princípio do XIX, a Bíblia inteira, na tradução de Almeida, foi publicada. Sob a tutela da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, foi publicada uma edição do Novo Testamento de Almeida em 1809. Em 1819 a Bíblia completa de João Ferreira de Almeida foi publicada em um só volume pela primeira vez, com o título: A Bíblia Sagrada, contendo os dois Testamentos, Antigo e Novo, traduzida em português pelo pastor João Ferreira de Almeida, ministro, pregador do Santo Evangelho em Batávia. Londres, na oficina de R. E. A Taylor, 1819 8º gr. de IV.  884pp. A que se segue, com rosto e numeração o Novo Testamento, contendo   279 páginas.  Apesar de tudo, a tradução de Almeida encerra algumas coisas notáveis, onde vemos a ação de Deus.  Ela teve lugar em Batávia, na ilha de Java, milhares de quilômetros longe de seu lugar de nascimento, Portugal. Realizou-se numa terra cuja língua oficial não era o português. Era a 13ª. tradução numa língua moderna depois da REFORMA. Feita por um pastor protestante, destinava-se a um país católico, como Portugal, que recebeu de bom grado uma tradução do Novo Testamento feita diretamente da Vulgata. E o mais notável em sua grande obra é que até hoje nos países de língua portuguesa, sua tradução, mesmo que sofrendo inúmeras reformas, ainda é usada e querida. A primeira tradução da Bíblia iniciada no Brasil, foi feita também por um português refugiado, o Bispo de Coimbra, Frei D. Joaquim de Nazaré, o qual publicou só o Novo Testamento no Maranhão, em 1875, enquanto que o trabalho de impressão foi feito em Portugal. Foi deste modo que chegou-nos a Bíblia que até hoje usamos. Somente em 1902, as Sociedades Bíblicas empenhadas na disseminação da Bíblia no Brasil reuniram-se, para nomear uma comissão para retraduzir os textos hebraico e grego em português. Esta comissão era formada de vários eruditos ligados a diversos grupos protestantes. Entre eles, o Dr. W.C. Brown, da Igreja Episcopal; J.R. Smith, da Igreja Presbiteriana Americana do Sul; J.M. Kyle, da Igreja Presbiteriana do Norte; A.B. Trajano, Eduardo Carlos Pereira e Hipólito de Oliveira Campos, (pesquisa).  Soli Deo Gloria!











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